Acusado de matar Alcides do nascimento Lins é condenado a 25 anos de prisão
Redação SRZD | Nacional | 15/06/2011 12h04
João Guilherme Nunes da Costa, acusado pela morte do jovem Alcides do Nascimento Lins, assassinado na noite do dia 5 de feveiro de 2010, foi condenado a 25 anos de prisão, nesta terça-feira. Do total da pena, 21 anos da prisão será por homicídio duplamente qualificado e os 4 restante por corrupção de menor.
O assassino deverá cumprir a pena na cidade de Itamaracá, em Recife, onde se encontra o presídio Barreto Campelo. O jovem Alcides que tinha 22 anos na época, estava concluindo o curso de biomedicina na Universidade Federal de Pernambuco, quando ao retornar foi baleado na frente de casa e morreu no hospital. João Guilherme foi responsável por um dos tiros de Alcides, sendo que o outro acusado foi um adolescente, que já cumpre medida sócio-educativa pelo crime. João foi condenado pelo júri popular que aconteceu no Fórum Rodolfo Aureliano, em Recife. A mãe do jovem, Maria Luiza Nascimento Lins, não ficou nada satisfeita com o resultado final do júri. "O certo eram 30 anos ou prisão perpétua para ele. Não foi do jeito que eu queria", disse ela insatisfeita e contando que a defesa recorra a decisão, tendo dez dias para dar entrada na documentação do recurso.
A promotora Helena Martins contou que baseou a acusação na participação do adolescente que também interagiu no crime, sobre alguns depoimentos que o garoto prestou: "E em todos esses depoimentos, o adolescente sempre afirmou que João Guilherme foi o responsável pelo primeiro disparo. Frio, pois afirmou várias vezes que, ao não encontrar quem de fato procurava, disse que iria deixar alguém estirado naquele dia, pois não iria perder a viagem", conta Helena afirmando a frieza do assassino. Fernanda Vieira como defensora pública do caso disse: "Primeiro, identificaram o suspeito como branco, gordo e com cabelo liso. Depois, com a mudança de delegado, usaram uma foto para chegar às características do acusado, que é pardo, cabelo curto e um pouco gordo", frase usada por Fernanda com tática para desqualificar o inquérito policial, apontando erros e contradições em depoimentos. E falou mais: "Qual é a diferença disso? Todos sabem que no início do inquérito não se chega à descrição com precisão. Então, não me venha com essa conversa de que estamos diante de um inocente", disse ela alegando que não há diferença entre branco e pardo, entre gordo e meio gordo, entre 1,71m e 1,75m de altura, como tentativa de convencer o corpo de jurados formado por cinco homens e duas mulheres.
O réu João Guilherme antes de se responsabilizar pela morte de Alcides, teve participação em outros assassinatos, roubos de bancos e agências dos Correios. Em 2000, o acusado matou um homem a tiros depois de uma discussão por causa de uma camisa, após o desfile do Galo da Madrigada, sendo o fato também usado pela advogada Fernanda como argumento de acusação.
João Guilherme que foi condenado a cumprir a pena ao regime-aberto na Penitenciária Agroindustrial São João, em Itamaracá, deu uma saída dia 27 janeiro de 2010 e não voltou mais a penitenciária, sendo considerado condenado foragido da Justiça e cometendo o assassinato de Alcides Nascimento oito dias depois.
A mãe de João Alcides, era catadora de lixo e criou quatro filhos, muito emocionada ela lembrou bons momentos com o filho que morreu e as promessas que Alcides fazia: "Ele dizia sempre ‘minha mãe, o que a gente passou, aquelas dificuldades que a gente passou, vão acabar. Hoje a senhora vai ter o dobro, porque eu vou dar. Eu vou ser o homem da casa, vou ser seu filho e seu pai’".
Meu Deus, que tristeza, eu sei bem o que essa mãezinha esta passando, pois estou da mesma forma....sem palavras, apenas pedindo q Deus fortaleça essa mãe e toda sua familia e que a justiça seja rápida.
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